A Reforma Tributária vai começar a transformar o sistema de impostos no Brasil a partir de 2026, e isso impactará diretamente o setor automotivo — especialmente as concessionárias e lojas de veículos. Por isso, é importante que você, lojista de veículos, leia o blog com atenção.
O principal objetivo é simplificar a cobrança de tributos sobre bens e serviços, substituindo os atuais ICMS, ISS, PIS e COFINS por um novo modelo chamado IVA Dual. Sabemos que as mudanças vão gerar dúvidas sobre como será aplicado e ao cálculo deste imposto, além do impacto para adequação do contribuintes. Por isso, fique por dentro das atualizações que o Sistema BNDV publica.
IVA Dual – Imposto sobre Valor Agregado
O IVA Dual (CBS + IBS) unifica parte da tributação sobre bens e serviços.
Entendendo o IVA Dual (CBS + IBS)
O IVA Dual (Imposto sobre Valor Agregado) será composto por dois tributos:
- CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – de competência federal, vai substituir o PIS e a COFINS;
- IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – administrado por estados e municípios, substituindo o ICMS e o ISS.
Entretanto, os dois impostos funcionarão de forma integrada, permitindo que o imposto pago em uma etapa da cadeia possa ser creditado na seguinte, reduzindo a chamada “cobrança em cascata”. Assim, desenhamos um esquema para melhor entendimento:

De acordo com o Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRCSP), a mudança visa trazer mais transparência, previsibilidade e simplificação para empresas e profissionais de contabilidade. No entanto, a transição exigirá atenção, pois haverá novas obrigações fiscais e ajustes nos sistemas.
Reforma Tributária – o que muda para o setor automotivo?
Segundo análise do portal ReformaTributaria.com, o impacto nas concessionárias e lojas de veículos será significativo — tanto nas operações com veículos novos quanto usados. Por isso, veja os principais pontos:
1. Substituição mais ampla de tributos
Além de ICMS, ISS, PIS e COFINS, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) também deve ser gradualmente incorporado ao novo sistema, assim, impactando diretamente a cadeia automotiva.
2. Criação do Imposto Seletivo
Será criado um Imposto Seletivo sobre produtos considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente — incluindo veículos com baixa eficiência energética ou maiores índices de emissão. Então, isso significa que carros menos sustentáveis poderão ter tributação mais alta.
3. Tributação diferenciada para veículos usados
Um dos pontos mais sensíveis para o setor é o comércio de veículos usados.
De acordo com especialistas, o novo sistema deve tributar apenas a diferença entre o valor de venda e o valor de compra (a chamada margem de revenda), e não o valor total da operação.
Além disso, há a previsão de créditos presumidos para compensar compras de veículos feitas de pessoa física, onde não há imposto recolhido na origem.
Já as vendas entre pessoas físicas (fora do ambiente comercial) continuarão isentas de CBS e IBS.
4. Tributação no destino
O IBS será cobrado com base no local do consumo, e não mais na origem (onde o bem foi produzido ou vendido).
Isso pode alterar a distribuição da arrecadação entre estados e afetar custos logísticos de concessionárias que atuam em diferentes regiões do país.
5. Incorporação gradual e incerteza de alíquotas
A transição será progressiva, com os novos tributos convivendo com os antigos por alguns anos. Mas, ainda não há definição oficial das alíquotas finais, o que gera incerteza para o planejamento financeiro das empresas.
O BNDV já está se adaptando às mudanças
O BNDV já iniciou as adequações no sistema para acompanhar a Reforma Tributária.
Nosso objetivo é garantir que lojistas de veículos continuem operando com segurança fiscal e eficiência, mesmo com as novas regras. Assim, com o BNDV, sua loja contará com:
- Atualização automática das novas regras e alíquotas;
- Emissão de notas fiscais já compatíveis com CBS e IBS;
- Relatórios contábeis e fiscais otimizados;
- Suporte técnico.
O que o lojista deve fazer agora
- Converse com seu contador – Avalie o impacto da nova tributação no seu modelo de negócio.
- Reveja créditos de ICMS acumulados – Eles serão fundamentais na transição.
- Treine sua equipe – Prepare o time para lidar com novas formas de cálculo e precificação.
- Acompanhe fontes confiáveis, como a regulamentação final (normas da Receita Federal, estados, municípios);
- Esteja atento às publicações de entidades contábeis, como o CRCSP, que já alerta para esta necessidade de preparação.